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O que é Governança de Dados?



O desenvolvimento da tecnologia da informação não apenas mudou a vida cotidiana das pessoas, mas também mudou o sistema organizacional das empresas. Essas tecnologias deixaram de ser um meio de apoiar outras áreas para serem também críticas nas decisões estratégicas de negócios.

Nesse sentido, todas as decisões que permeiam o campo tornam-se importantes. Destes, o manuseio de dados tem sido um dos maiores desafios, tornando a governança de dados decisiva em empresas de todos os portes.

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Para que serve governança de dados

Imagine a Amazônia: verde, exuberante, cheia de rios. aquele! Sabemos que a Amazônia é muito importante para o mundo inteiro, e que parte da chuva no restante do Brasil vem da evapotranspiração de seus rios e plantas. Nessa perspectiva, a Amazon é o que consideramos um bem público global.

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Os bens públicos globais são tangíveis ou intangíveis e, simplesmente por existirem (ou continuarem existindo), podem beneficiar várias nações e a humanidade como um todo. Da mesma forma, as empresas se beneficiam de ter um sistema de governança de dados sólido.

Assim como as florestas tropicais, a governança de dados traz benefícios proativos e reativos para as organizações. Elas vão desde a capacidade de usar dados para melhorar os processos internos, desde o aumento da competitividade, transparência e eficiência das ações corporativas até o cumprimento de leis como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o Marco Civil da Internet.

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Conhecer o seu propósito não é suficiente. É preciso entender melhor o que é governança de dados.

O que é governança

Quando comecei a estudar nessa área, sempre havia uma pergunta: mas o que exatamente é governança? Esta é realmente uma boa pergunta. Governança tem algumas definições, mas a que usaremos aqui é mais ampla. Governança é o conjunto de decisões e responsabilidades explícitas e implícitas que uma instituição tem para com seus clientes, parceiros e sociedade.

Em outras palavras, é considerar como as decisões que uma organização toma (e suas consequências) se relacionam com seus objetivos e stakeholders. A princípio, essa definição pode ser muito ampla e é difícil encontrar algo mais específico. Então, vamos ver um exemplo.

Considere alguém que possui uma empresa de produtos de cuidados pessoais. Ela sabe que uma das preocupações de seus clientes é se as empresas testam animais por motivos éticos (responsabilidade implícita). Para os parceiros (fornecedores e investidores), também há pouco interesse em trabalhar com empresas que fazem essas práticas.

Quando pensamos em fim (clientes) e parcerias, a decisão de não fazer testes em animais seria melhor, além da ética. Quando levamos em conta todos os envolvidos e interessados ​​no tema em nosso processo decisório, estamos praticando governança.

A importância de dados nos processos de gestão

Uma das maiores revoluções envolvendo dados ocorreu quando as empresas começaram a prestar atenção e confiar nos dados para tomar decisões. Isso pode já ser comum, mas representa uma grande mudança no modelo de negócios da empresa.

Anteriormente, a maioria das decisões baseava-se nas visões individuais ou coletivas de um determinado grupo de pessoas (gestores), com base em suas experiências de vida e crenças pessoais. Este modelo de decisão tem algumas características:

Quando o gerente está errado, ele falha.

A responsabilidade pelo fracasso é focada na gestão.
Por outro lado, quando olhamos os dados para tomar decisões, os processos mudam porque se baseiam em uma percepção mais acurada da realidade e tendem a ser mais corretos no longo prazo. Além de serem mais informadas, as decisões baseadas em dados são menos tendenciosas do que a experiência das pessoas.

Podemos ver exemplos dessa abordagem em grandes empresas como Google, Facebook e Apple, que mostraram resultados de alto impacto. No entanto, também traz consigo a necessidade de realizar várias etapas para garantir que os dados sejam realistas, completos, seguros e disponíveis.

Para garantir esse tripé, várias questões precisam ser gerenciadas e refletidas, como:

Quem tem acesso aos dados?
Quais as medidas de proteção em relação aos dados?
Quais dados devem ser armazenados e quais devem ser deletados?
Quais as consequências de ter dados armazenados?
Quais os usos desses dados na empresa?
Quais os riscos que envolvem esses dados?
É para responder a essas perguntas que surgiu o campo da governança de dados.

Pode ser definido como o processo de acessar, gerenciar, armazenar e proteger dados organizacionais da perspectiva de todas as partes envolvidas para garantir a integridade, disponibilidade e segurança dos dados.

Qual é o papel da legislação nesse sentido?

Se a governança de dados se preocupa em considerar os stakeholders no processo decisório, uma das instituições envolvidas em todos esses processos é o Estado. Quando falamos sobre o ambiente digital e o uso dos dados do usuário, é do seu interesse ter proteções legais e direitos protegidos também.

Como resultado, alguns possuem legislação específica nesta área. Nesse sentido, uma das regulamentações mais importantes internacionalmente é o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR), no qual se baseia a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira. Ambos tentam proteger os dados do usuário do uso indevido por qualquer proxy.

O que essas legislações têm em comum e bastante progressistas é que, nessas legislações, a propriedade dos dados não pertence às pessoas que os coletam ou usam, mas às pessoas que os geram. Essa propriedade significa que agora tem mais poder sobre os dados, por exemplo, para saber exatamente quais dados uma empresa possui.

Além disso, o Brasil possui outra legislação da Internet relacionada a esse tema: o Marco Civil da Internet, que também trata da proteção de dados pessoais na Internet. A lei tem a finalidade mais geral de organizar legalmente o uso da internet e cria diferentes responsabilidades pelos dados dos usuários e operadores de telefonia e comunicações que fornecem acesso à internet.

Conclusão

Neste artigo, você aprendeu sobre governança de dados, o que ela faz, o que ela faz e os benefícios que ela traz para sua organização. Neste ponto, o foco está em entender como essa questão de governança afeta o trabalho dos profissionais que utilizam esses dados direta ou indiretamente.

E este é o desafio que muitas organizações enfrentam. Para desenvolver uma cultura organizacional em torno dos dados, não é fácil coordenar os domínios e o gerenciamento de dados. Mas os benefícios de fazê-lo são enormes, e há pressão legal para cumprir a legislação.

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