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Autismo pode ser detectado já no primeiro ano de vida, diz estudo



Segundo pesquisadores israelenses, o autismo pode ser identificado no primeiro ano de vida. A detecção precoce permite o início precoce da intervenção terapêutica, o que aumenta significativamente as chances de desenvolvimento.

As conclusões vêm de dois estudos publicados em 2021 no International Journal of Pediatric and Neonatal Care, liderados por Hanna A. Alonim, do Miffne Center.

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Entre eles, especialistas em desenvolvimento infantil analisaram vídeos de 110 crianças diagnosticadas com autismo gravadas por seus pais quando tinham um ano de idade.

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Em 89% dos bebês, os sintomas já podem ser observados entre 4 e 6 meses de idade, mas os pais não sabem como interpretá-los, ou pensam que desaparecerão durante o desenvolvimento.

No final do estudo, o Miffne Center desenvolveu uma ferramenta chamada ESPASSI, que está sendo testada no Hospital Ichilov, em Israel, para detectar bebês com alto risco de autismo.

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Outro estudo examinou o impacto da intervenção terapêutica precoce. Dois grupos de bebês foram comparados: um grupo recebeu tratamento entre 1 e 2 anos e o outro grupo recebeu tratamento entre 2 e 3 anos.

A intervenção terapêutica consistiu em 3 semanas de cuidados intensivos num centro de tratamento seguido de 6 meses de tratamento em casa com um terapeuta. Com base em uma abordagem biopsicossocial, inclui também membros da família nuclear.

Houve progresso em ambos os grupos, mas aqueles que receberam o tratamento entre 1 e 2 anos tiveram uma melhora significativa em relação ao grupo mais velho.

Os pesquisadores concluíram que quanto mais precoce a intervenção terapêutica, melhor: o cérebro do bebê é mais capaz de responder às mudanças no ambiente, e fornecer estimulação adequada nesta fase pode levar a melhorias significativas.

A detecção do autismo hoje

Não há teste biológico para a detecção do autismo: psicólogos e psiquiatras identificam por meio de observação, entrevistas, equipamentos de teste, etc., encaminhando para tratamento se necessário.

Israel é considerado avançado em relação aos países ocidentais, com diagnóstico ocorrendo em cerca de um ano e meio. Nos Estados Unidos, a idade média ao diagnóstico é de 4 anos.

Para Hanna A. Alonim, a detecção precoce, avaliação e intervenção são fundamentais. “Faz todo o sentido que haja uma janela de oportunidade em que a detecção e intervenção precoces afetem os componentes do desenvolvimento neuroanatômico, tenham implicações para o cérebro em rápido desenvolvimento e até previnam todo o espectro do autismo”, dizem os pesquisadores.

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